Você sabia que, segundo a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), 37% dos brasileiros dizem sentir dor há mais de 3 meses? Esse é um dado que sempre me chamou a atenção, pois sei que muitas pessoas acabam se acostumando com a dor, acreditando que é normal, mas não é.

A dor crônica, definida como aquela que persiste por um período de 3 meses ou mais, é um quadro muito sério e que afeta a vida como um todo. Conviver com os sintomas constantemente influencia no humor, no emocional e também na capacidade física. A dor prejudica o dia a dia, o convívio social, a prática de exercícios e é a principal causa de falta e afastamento no trabalho.

As dores crônicas mais comuns são aquelas que envolvem o sistema musculoesquelético, a dor neuropática e a oncológica. As pessoas que sentem dor por um período prolongado relatam grande cansaço, dificuldade para dormir, problemas para se concentrar e produzir no trabalho, falta de vontade de socializar, comer e fazer tudo aquilo que mais gostam. A situação tende a levar a um estado de ansiedade, apatia e depressão.

Mas os pacientes podem cuidar desse sofrimento e buscar a melhora da dor. Na medicina, existem caminhos que podem colaborar para a saúde do indivíduo, proporcionando alívio dos sintomas e consequente melhora da qualidade de vida. É importante ter em mente que a dor é vista como uma experiência individual e subjetiva. Por isso, não existe uma receita que possa ser aplicada da mesma maneira para todos os casos. É preciso que sejam combinadas modalidades específicas para cada pessoa.

É essencial que o paciente procure profissionais especializados que possam cuidar do seu caso com acolhimento e seriedade. Além da medicina intervencionista da dor, que age muitas vezes proporcionando alívio imediato e contribuindo para a diminuição de opioides e outros medicamentos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, nutricionistas, acupunturistas, profissionais da educação física e da enfermagem devem agir em conjunto, buscando o melhor para o paciente.

Procure sempre por atendimento com especialistas e cuide do seu corpo. Viver com dor não é normal.