Você sabia que o diabetes é considerado um problema de saúde mundial? De acordo com o Ministério da Saúde, ele está entre as doenças crônicas mais incidentes no país, atingindo cerca de 7,4% da população. E esse número vem aumentando nos últimos anos. Umas das principais complicações do diabetes é a polineuropatia diabética e nesta matéria você vai compreender porque isso é preocupante.

A polineuropatia diabética é um conjunto de manifestações clínicas variadas que afetam o sistema nervoso periférico e que surge como complicação do diabetes mellitus. O que acontece é a degeneração progressiva dos nervos periféricos levando a manifestações sensoriais e motoras, como, por exemplo, diminuição da sensibilidade e dor em várias partes do corpo, principalmente mãos e pés.

Ao mesmo tempo em que muitos casos permanecem assintomáticos durante muitos anos, quando se manifesta, a polineuropatia diabética se torna uma das complicações crônicas mais impactantes na qualidade de vida dos indivíduos por conta das dores e limitações físicas. Isso acontece com maior frequência nos dedos dos pés, e posteriormente evolui para os pés, tornozelos, pernas e mãos. Normalmente os sintomas estão presentes de forma simétrica com piora importante durante a noite.

Geralmente os sinais e sintomas são descritos pelo paciente como sensação de formigamento que interrompe o sono ou como queimação contínua. Também há casos em que os sintomas se assemelham a choques, pontadas ou facadas. Os pacientes costumam descrever a localização da dor como em botas ou luvas, a depender de onde mais incomoda.

Outro ponto impactante na saúde é que a polineuropatia diabética é um dos fatores responsáveis pelo pé diabético e, quando não tratada, é determinante para a formação de úlceras, deformidades e amputações. Isso contribui ainda para distúrbios da marcha e lesões relacionadas à queda. É, portanto, um fator que afeta diretamente a qualidade de vida e aumenta os índices de internações.

Os fatores de risco associados à polineuropatia diabética são:

  • Hiperglicemia
  • Aumento da hemoglobina glicosilada
  • Idade do paciente
  • Tempo de evolução do diabetes
  • Tabagismo
  • Hipertensão arterial
  • Obesidade

Para evitar a polineuropatia diabética é recomendado que o paciente monitore os níveis de glicose do sangue em casa, usando o glicosímetro conforme orientação médica, faça o uso dos medicamentos, injeção de insulina conforme orientado e pratique atividade física de forma regular. O acompanhamento médico é fundamental para a prevenção de maiores complicações.