O processo natural e fisiológico do envelhecimento faz parte da vida. Envelhecer não é sinônimo de doença e inatividade. No entanto, pode desencadear doenças crônicas, levando a prejuízo da capacidade funcional e comprometendo a qualidade de vida. Talvez você já saiba que uma das doenças crônicas mais comuns associadas ao envelhecimento é a famosa osteoartrose. Neste artigo, vamos conversar mais especificamente sobre a osteoartrose de quadril e suas consequências.

A osteoartrose (OA) é uma doença crônica e degenerativa que afeta as articulações sinoviais, dentre elas o quadril. É caracterizada basicamente pelo desgaste da cartilagem que recobre as superfícies da articulação formada pela cabeça do fêmur e o acetábulo. O que acontece é que, por diversos fatores, começa a existir atrito entre os ossos, provocando lesão na cartilagem que, com o tempo, atinge a superfície óssea fazendo surgir a dor.

Múltiplas situações podem levar à osteoartrose. A idade, genética, obesidade, formato anatômico da articulação, hormônios e gênero são alguns dos fatores de risco da doença.

A articulação do quadril costuma ser bastante afetada por ser uma região que sustenta boa parte do corpo e que possui muita mobilidade. É comum que, ao longo do tempo, por conta do uso e sobrecarga, surja desgaste nesse local, mais frequentemente em pessoas acima dos 45 anos, mas adultos jovens também podem apresentar a doença.

O principal sintoma é a dor localizada no quadril, que dificulta atividades simples do dia a dia como caminhar, calçar meias, amarrar os sapatos, levantar de cadeiras, sofás ou camas baixas. A dor costuma aparecer principalmente durante o dia, ao caminhar ou após longos períodos em pé ou sentado. Pode ser que a pessoa apresente claudicação, sendo em alguns casos necessária a utilização de bengalas para distribuir melhor o peso do corpo. Esta dor se inicia no quadril e tende a se manifestar também na parte interna da coxa e seguir até os joelhos. Pela manhã, pode ser mais difícil movimentar a perna e a sensação é que tem areia dentro da articulação. Dormência ou formigamento nas pernas também podem estar presentes.

A confirmação do diagnóstico da osteoartrose de quadril é feita a partir da avaliação da queixa do paciente e da análise do exame de radiografia, quando podemos encontrar estreitamento do espaço articular, cistos e osteófitos (bico de papagaio). A tomografia computadorizada e a ressonância magnética são exames que ajudam no diagnóstico diferencial e na análise mais aprofundada do estado da cabeça do fêmur.

Caso esteja sentindo seu quadril ou perceba familiares se queixando de dor e com dificuldade para caminhar, se levantar ou dobrar o tronco sobre o quadril, agende sua consulta com especialista.