Você já deve ter ouvido falar da hérnia de disco, uma das principais causas de dor na coluna que muitas vezes afeta a função e a produtividade, levando ao afastamento no trabalho e da prática de atividade física. Neste artigo, trago informações sobre o que é a hérnia de disco e quais os principais sintomas. Acompanhe comigo.

A hérnia de disco é uma doença degenerativa muito comum. Pode acontecer em qualquer região da coluna, principalmente na lombar, e em qualquer faixa etária, sendo mais frequente entre os 40 e 50 anos. Esta lesão é responsável pelo grande parte do número de cirurgias de coluna em adultos.

Entre cada uma das vértebras existe um disco que é composto de duas partes. De maneira geral, é ele que dá mobilidade e protege a coluna amortecendo impactos. A parte central do disco é chamada de núcleo pulposo e funciona como um amortecedor. A parte mais externa é formada por um tecido cartilaginoso chamado anel fibroso. É ele que mantém a parte central “no lugar” e suas características permitem e facilitam os movimentos de flexão, extensão e rotação do tronco.

O que acontece na hérnia é uma lesão deste disco intervertebral. A parte externa do disco se rompe e, com isso, o núcleo pulposo se abaula ou extravasa, prejudicando a função de amortecimento. Além disso, a saída ou o abaulamento do núcleo poderão provocar inflamação e pressão nas raízes nervosas que passam pelo local onde a hérnia se formou, causando sintomas que variam de acordo com o local e gravidade da lesão.

Os principais sintomas da hérnia de disco são:

  • Dor na coluna que permanece por semanas ou até meses
  • Dor que piora durante o sono e permanece ao acordar
  • Tronco inclinado na tentativa de fugir da dor
  • Piora da dor ao ficar muito tempo em pé
  • Sensação de dor, formigamento ou pressão no glúteo ou parte de trás da coxa e perna
  • Sensação de diminuição da força em uma ou nas duas pernas
  • Desânimo e pouco rendimento para realizar atividades de trabalho e da rotina diária devido à dor
  • Dificuldade para se locomover
  • Dificuldade para ficar sentado até mesmo poucos períodos de tempo

 

O diagnóstico é feito a partir de exames clínicos associados aos exames de imagem e de laboratório. Com essas informações, é possível identificar o nível e a gravidade da lesão e, assim, determinar o tratamento mais indicado para o caso.

A boa notícia é que, na maioria dos casos, os sintomas têm melhora espontânea em menos de 3 meses. As respostas podem ser mais satisfatórias quando são iniciadas medidas conservadoras a partir de tratamento medicamentoso e fisioterapia. No entanto, existem casos em que não há boa resposta ao tratamento conservador e procedimentos para alívio da dor são necessários. Dentre esses, os mais comuns são a infiltração com medicações e a radiofrequência. A cirurgia também pode ser indicada em casos refratários ou quando há sinais de compressão nervosa severa.

Se você se identificou com algum dos sintomas, e sente dor na coluna, não deixe de agendar uma consulta para fazer uma avaliação do seu caso.