Aproximadamente 60 milhões de pessoas sofrem de dor crônica, correspondendo a cerca de 10% da população mundial. Mas como ela se tornou um problema de saúde pública no Brasil?

A dor, de acordo com a Associação Internacional para o Estudo da Dor, é definida como uma “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a dano real ou potencial ao tecido”. Qualquer pessoa, em diferentes fases da vida, passará por experiências de dor. No entanto, é preciso lembrar que sentir dor não é normal. Ao contrário, é um sinal de que algo não está no seu funcionamento correto e precisa ser cuidado.

Quando a dor persiste três meses além do tempo usual de cicatrização da lesão ou está associada a processos patológicos crônicos que causam dor contínua ou recorrente, é chamada de dor crônica. Esse tipo de dor pode se tornar a própria doença em si, passando a ser caracterizada como doença pela CID 11 (Classificação Internacional de Doenças).

No Brasil, é considerada um problema de saúde pública, e sua prevalência, ou seja, o número de pessoas com a doença em um determinado momento, precisa ser constantemente investigada. Aqui cerca de 45% da população possui dor crônica. Acomete principalmente mulheres adultas e idosas, com idade entre 45 e 66 anos, e o local mais afetado é a região lombar.

Além disso, a dor crônica pode estar relacionada a estresse físico e emocional, e gerar elevados custos financeiros e sociais para a população. Trago aqui todas essas informações para que cada vez mais possamos nos conscientizar da importância do tratamento da dor crônica. Existem recursos que podem amenizar os quadros de dor, devolvendo qualidade de vida e funcionalidade. Por isso, em caso de dor, não adie sua consulta. Procure um especialista.


Referência: https://www.scielo.br/j/brjp/a/Ycrw5pYxPJnwzmkKyBvjzDC/?lang=en