Um nome estranho para uma doença bastante comum. Na condromalácia patelar, ocorre a perda de cartilagem em uma ou mais regiões da patela, popularmente conhecida como rótula do joelho. Em outras palavras, condromalácia é o desgaste no joelho no local em que a patela se articula com o osso do fêmur. Vamos entender mais sobre a patologia?

Os problemas patelofemorais são desencadeados pela compressão da face articular da patela. Ou seja, é como se uma força comprimisse a patela contra o osso. Sua incidência na população é muito alta e aumenta conforme a idade, sendo mais comum em mulheres e com excesso de peso.

Pode ser desencadeada por movimentos repetitivos com o joelho, excesso de peso, como já mencionei, ou surgir como consequência de lesões no joelho. Além disso, instabilidade, trauma direto, fratura, subluxação patelar, aumento do ângulo do quadríceps, músculo vasto medial ineficiente, mau alinhamento pós-traumático, síndrome da pressão lateral excessiva e lesão do ligamento cruzado posterior são fatores que contribuem para esse tipo de patologia.

Por conta do desgaste e inflamação, surgem sintomas como:

  • Dor na parte da frente do joelho, localizada em volta da patela, principalmente quando se dobra o joelho;
  • Piora da dor ao subir e descer escadas, correr, saltar, levantar-se da cadeira ou agachar;
  • Alguns pacientes relatam a sensação de ter areia no joelho, com crepitação e estalos;
  • Ardência depois de ficar com a perna dobrada por algum tempo;
  • Percepção de inchaço na articulação do joelho.

O diagnóstico é feito a partir de exame físico e exames de imagem. Com a radiografia simples e a tomografia computadorizada, é possível diagnosticar lesões indiretamente, pela presença de osteófitos, cistos e redução do espaço articular.

O tratamento depende da causa e da gravidade do desgaste da cartilagem, podendo ser indicado o uso de medicamentos, exercícios de fortalecimento para grupos musculares específicos, fisioterapia e, em casos mais graves, a cirurgia pode ser realizada.

A medicina da dor pode ajudar no alívio dos sintomas álgicos e na regeneração do tecido lesionado através de procedimentos minimamente invasivos, tais como:

  • Radiofrequência: uma pequena agulha é colocada próxima aos nervos do joelho e uma corrente elétrica pode causar lesão ou modulação desses nervos;
  • Infiltração intra-articular de ácido hialurônico: melhora a inflamação local e reduz o atrito entre as articulações;
  • Medicina regenerativa e proloterapia.

O alívio dos sintomas deve sempre vir acompanhado de uma reabilitação motora e muscular global, devolvendo qualidade de vida e autonomia ao paciente.

Para melhores resultados no tratamento, é importante controlar a inflamação na região, recuperar a integridade da articulação, realizar um trabalho direcionado de alongamento e fortalecimento muscular, além de um trabalho de alinhamento dos membros inferiores e orientação para atividade esportiva, dependendo do caso.